No cenário empresarial, para muito além do produto ofertado ou do serviço prestado, a marca da empresa funciona como um patrimônio imaterial que traduz a essência, credibilidade e reputação do negócio perante o mercado consumidor e investidor.
Por tal razão, a visão sobre a importância de registrar e proteger a marca vem crescendo cada dia mais dentro do mundo corporativo, passando a ser compreendido por muitos empresários como algo indispensável para consolidar a posição da empresa no mercado e assegurar que todo o valor construído ao longo dos anos esteja juridicamente protegido.
Tal visão estratégica e protetiva, no entanto, não é novidade! Uma marca, uma vez registrada perante o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI se transforma em um ativo estratégico capaz de impulsionar o crescimento do negócio, permitir expansão territorial, atrair investidores e dar segurança em marketing e inovação para a empresa titular de seu domínio, se tornando assim um patrimônio intangível — muitas vezes mais valioso que a atividade principal desenvolvida pela empresa, suas instalações físicas, máquinas ou estoques.
A exemplo disto, podemos citar diversas empresas brasileiras que começaram como negócios pequenos ou regionais e, ao investir na proteção de suas marcas, transformaram- se em potências reconhecidas dentro e fora do país, não só por seus produtos/serviços, mas também por sua identidade nominativa e visual exclusiva, como exemplo temos a NATURA, HAVAIANAS, CACAU-SHOW e NUBANK!
Tais empresas, por exemplo, evidenciam que em razão do registro e proteção de suas marcas, possibilitaram ao público consumidor que a simples menção ou contato com seus produtos e serviços se tornassem suficientes para que seu negócio fosse identificado. Afinal, ao nos depararmos com propagandas da NUBANK (com sua cor roxa e seu logo abreviado pela palavra “NU”), com as embalagens de produtos da Cacau-Show (identificados com as letras “CS” e suas 7 estrelas), com produtos de beleza da Natura (com seu característico logo em formato de flor) ou ao colocarmos uma Havaianas (com o nome escrito nas tiras diagonais dos chinelos, acompanhado pela bandeira do Brasil), não temos dúvidas sobre quais empresas estamos diantes, não é mesmo?
Além disso, para muito além dos benefícios acima citados, o registro da marca evita a concorrência desleal e cópias que possam confundir o consumidor, agregando valor financeiro ao negócio, tornando a marca negociável, licenciável e atrativa a investidores, facilitando expansão nacional e internacional, franqueamento e parcerias, fortalecendo a reputação, gerando confiança e reconhecimento.
O registro de marca é o que transforma um nome em um patrimônio valioso, capaz de gerar riqueza, diferenciação e longevidade. Portanto, no cenário corporativo atual, proteger a marca é proteger o próprio futuro da empresa.
Por: Luísa Marinho